Meu Vizinho -Capítulo 2: Payne Party

24 horas depois...

   Despertei com mais sono do que o normal para uma quinta-feira, caminhei direto para o banheiro e olhei para meu rosto oleoso matinal. Eu não era de se jogar fora, tinha uma estatura média a meu ver, meu cabelo era longo, escuro e cacheado até o meio, o resto era completamente liso. Sempre o ajeitava para o lado, ele caía até a parte debaixo dos poucos seios que eu tinha, jogava a franja para o mesmo lado do cabelo e assim ia, colocava o mesmo cordão e no máximo, passava um batom vermelho, mas pouco.  Em compensação ao pouco par de seios, eu tinha um par de coxas e um bumbum consideravelmente pela ala masculina algo satisfatório, pelo menos John não deixava de observar.
  -Cinco minutos ou não te levo para a escola. -estranhei Ian dizer aquilo, ele morava a três ruas da gente; inibi esse pensamento e comecei a me arrumar apressadamente.



   -Superou. -aplaudiu no final da escada e tirou do chaveiro pendurado a prego na parede a chave de seu carro. -Mamãe teve que ir com urgência para o aeroporto, ela te deixou aquilo. -apontou para o papel A4 endobrado na cômoda. Mamãe deve ter visitado minha avó -sua mãe -E eu estou no comando, papai vai amanhã cedo para a viagem e você dorme comigo lá em casa. -revirei os olhos.
  -Eu sei me cuidar.
  -Converse com a mamãe que você fica aqui, sozinha. -disse "sozinha" de forma medonha, tentou me assustar, gargalhamos.

   -Venho te buscar, gatinha. -acelerou o carro deixando milhares de suspiros para trás, revirei os olhos com tamanha infantilidade -nada a dizer porque eu faria a mesma coisa.- continuei andando para dentro da escola, vi dessa vez John me esperando, avisou e Beth não viria hoje, continuamos nosso dias tranquilamente.

  -Tchau, amor. -Ian caçoou do que John acabou de dizer e rolei os olhos cerrados em sua direção.
  -Você está caçoando de mim? Entortou os olhos e parou por um instante sua trajetória no sinal vermelho.
  -Só quero alertar a você que é bom esse tal de John ficar com o pinto dentro das calças. -arregalei os olhos e ri escandalosamente, Ian ficou sério e entendi que era verdade. Ian sempre foi um irmão meio nem aí, até eu fazer quinze anos e tudo mudar. Ian, meu pai e John cuidam para me privarem de todos da ala masculina, até bebês eles não gostam -exagero, claro. -Voltando para meu lado simpático. -sorrimos -Tem uma festa de boas-vindas para você às dez da noite lá no quintal da minha casa. -revirei os olhos. -Na verdade, foi só um motivo para fazer uma festa. Mamãe aprovou. -ergui a sobrancelha duvidando. -Claro, que não disse o horário nem disse que a festa seria aberta para quase todos. -bufei reclamando. -Aproveite que só deixarei este dia para você da uns pegas. -resminguei algo antes de sair do carro e entrar na porta de acesso a casa pela garagem. -Camisinha e anticoncepcional. -gritou, com certeza para me provocar.

   -Como sabem, eu tenho uma irmã. A partir de hoje ela estará comigo, suba aqui, Lauren. -Ian convidou e subi os degraus do palco improvisado por Ian e seus amigos enquanto estava na aula de dança. -Aproveitem que só por hoje deixo olharem. -logo surgiu assobios da parte dos amigos que não me conheciam e logo os amigos que já me conheciam fizeram comentários "rudes" sobre minha pessoa -digo, não rudes. Aquesle  que escutamos de pedreiros.- Olhei para Ian transmitindo uma pergunta de: "podemos descer?"

  Desde pequena, morei em casa e desde os oito anos permaneço no telhado pela madrugada, nunca ninguém descobriu, era simples e fácil, saía pela janela e me sentava com o bumbum na metade da janela pra fora e as pernas apoiadas no telhado.  E estava assim, agora. A música eletrônica mais alta do que o normal, bando de jovens e alguns adolescentes bêbados, notei alguém conhecido lá embaixo. Estava de óculos preto, poderia jurar que era Payne, corri para descer até a festa. : "Do lado do ponche. " dizia mentalmente e fui até a mesa do ponche e outros aperitivos, nem com salto minha estatura ficava acessível a altura de Payne, estava impossível de vê-lo enquanto todos dançavam em ritmo alucinado. Me privei de procura-lo e esbarrei em alguém, era...