Meu Vizinho - Capítulo 6:

Capítulo 6:

 
   Abri a porta principal calmamente e respirei fundo olhando para as luzes que iluminavam a garagem, a moto de Payne na mesma posição de sempre, nunca o vi em cima da moto, nem sei ao certo se ele costuma sair de casa.
  Entrei em silêncio, ninguém na garagem.

-Sabia que é feio entrar na garagem dos outros? Dessa vez não me assustei, já conhecia este tom misterioso e baixo.
  -Ér... -a luz de fora se acendeu, resplandeceu pela moto e automaticamente a encarei.
   -Vamos andar? Referiu-se a nós subirmos na moto. Não poderia negar, não posso ser uma menininha, tenho que ter atitudes fortes, que nem as que estou tendo ultimamente.
   -Aham. -sussurrei amedrontada, droga!
   -Venha cá. -pegou o capacete de cima do balcão e pôs em minha cabeça que de repente ficou mole, parecia enorme. Ele prendeu o fecho no meu queixo, bem apertado a ponto de beliscar minha pele, tentei desprender um pouco, Payne ralhou:
   -Tem que ficar firme.- deu um empurrãozinho na parte de cima do capacete e revirou os olhos de maneira divertida me puxando pelo pulso até a moto, minha curiosidade era conhecer a cor de seus olhos, nunca o vi sem aquele óculos escuro.
   Ele subiu primeiro na moto e esticou a mão para mim tentando me ajudar a subir na moto. Ligou a moto e já fez aquele barulho de "aquecendo o motor" , automaticamente minhas mão pararam ao redor de seu peito definido, coberto pela camiseta preta de manga curta. Apoiei a cabeça em seu ombro e aspirei levemente o cheiro de seu perfume masculino, o perfume dava aquela noção de você se libertar. Mesmo nervosa, estava destemida a continuar em cima da moto de um desconhecido; o nervoso me fez olhar para um pano que cobria a parede do fundo da garagem e cobria um pequeno quadro que fazia volume sob o pano. Escutei o ronco do motor da moto. Nunca havia andado de moto antes e sabia que aquela não seria a melhor forma de andar.
   Saímos do jardim com certa velocidade alta, ainda não acreditava que estava na moto de Payne, segurando forte em parte do seu corpo escultural, uma pontada de inseguraça atingia meu corpo e o topete de Payne que a minutos atrás estava organizado, agora chicoteava a "porta" do capacete.
   Passamos por umas duas ruas que no momento desconhecia, não estava raciocinando bem.
  -UHUL! Gritou, nunca haia andado de moto mas sabia que aquilo estava em uma velocidade alta; na minha garganta estava travando um grito de "vai com calma!" entretanto seria estúpido dizer isso na altura do campeonato. Fui me tranquilizando assim que vi a luz da garagem se aproximando, Payne parou de lado na grama, deixou os rastros de pneus no gramado verdinho e bem cuidado
    Minhas pernas estavam meio molengas, Payne veio em minha direção tirar o capacete que no momento que estava em cima da moto esqueci que estava apertado.
    -Quero te dar uma coisa. -pegou meu pulso e novamente me puxou. Abriu uma gavetinha e pegou uma pulseira prata com o número "100" implantado num pingente. Colocou gentilmente a pulseira e semicerrei os olhos achando estranho.
     -Dá isso a todas que sobem na moto?
     -Sabe a qual velocidade estávamos? Escondeu algum sorriso que havia surgido rapidamente. Neguei balançando a cabeça de um lado para o outro, seus óculos seguiam a liagem para meus olhos.
       Ergui meus braços para minhas mão alcançarem seu rosto, puxei os óculos calmamente, sem se manifestar, vi seu olho esquerdo coberto por uma máscara preta, parecia com um tapa olho, hesitei de tocar na máscara e me pronunciei:
     -Eu tenho que ir. -sussurrei desviando o olhar de seu óculos.
     -Por que? Seu irmão já está para acordar para assistir a corrida?
     -Como sabe?
     -Conversei com ele. -jogou a cabeça para o lado enquanto coçava sua barba. -Ou você acha que estava te vigiando? -engoli em seco, dei meia volta e fui para minha casa.


Obrigadaérrima por comentarem, agora estou com net e amanhã cedo posto Neon, prometo não decepciona-las. Já já respondooo