Meu vizinho -Capítulo 9"Oferta de vida"

Outro dia...

  O apartamento em que nós fomos, era muito diferente. Era chique, tinha um divã colocado próximo a parede da sala e a frente dele um piano de cauda. O chão era coberto por pisos brancos grandes, era tudo tão maravilhoso!
  -Está se sentindo melhor?- Liam alisou meu rosto com suas mãos tão macias para um homem.
  -Bem melhor, com você comigo. -levantei do sofá  e o puxei pela mão.
  -É bom ver que fui eu que pus este sorriso em seu rosto. -olhei para seus olhos e os desci para seus lábios descaradamente. -Ah, garota... -percebi o sorrisinho perverso de Liam querendo sobressair por seus lábios. -Quero tanto te beijar. -acariciei sua nuca e olhei novamente para seus olhos.
  -E por que não beija? -umedeci os lábios e sem inibirmos iniciamos nosso primeiro beijo, pode se estranho mas é a primeira vez que nos beijamos, já tivemos outras oportunidades porém, Liam sempre fugia de alguma maneira. Fomos interrompidos por dois toques na porta.-Quem é? -Liam mandou que ficassem em silêncio.
  -Vá para a área, se eu bater palma duas vezes, você vai embora -balancei a cabeça positivamente e escutei mais dois toques na porta. Fui quase até a área, queria escutar o que estava havendo.
  -Payne. -escutei uma voz rouca ecoar e me encolhi.
  -Quem deu permissão para entrar? -acho que o homem não estava nem aí.
  -Você me deve. Então, dê meu dinheiro ou...
  -Ou o que? Não tenho nada a perder. -Liam disse, escutei algumas risadinhas abafadas.
  -Certeza? Fique sabendo que está com uma garota nova. -respirei fundo. -Cadê?
  -Você sabe o que eu faço com as garotas, não está mais comigo. -escutei duas palmas e corri pela porta do fundo, perto da área. Gritei assim que um homem de cabelo ruivo crespo pegou-me pelo braço.
  -Mesmo código, Payne? -ridicularizou Liam, tentei disfarçar que era uma empregada.
  -Senhor Payne, as roupas estão lavadas. -o homem com quem Liam falava parou na minha frente, deixando amostra a grande diferença de centímetros entre nós. O mesmo tom de voz do qual estava atrás de mim naquele dia.
  -Não me faça de idiota. -ralhou.
  -Payne, ou você me dá o dinheiro ou a mato. -arregalei os olhos vendo o objeto de ferro saindo de seu bolso, um revólver.
  -Mate-a então. -estremeci com as palavras de Liam, me senti um lixo e balancei a cabeça negativamente, a ponta grossa da arma passou pelo meu pescoço e parou em minha bochecha. O barulho de que o revólver estava carregado e pronto para ser atirado.
  -Três dias, ou ela morre. -empurrou-me pro chão e me encolhhi, os homens saíram de casa e Liam veio ao meu encontro.
  -Sabia que ele não iria te matar. -neguei e levantei com raiva do chão.
 -Como não?! Pois  então, quando quiser ofertar a vida de alguém oferte a tua!