Meu Vizinho -Capítulo 12"Pratos"

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 -Liam, olha como a casa está suja! -reclamei ainda de pijamas vendo a zona que encontrava nosso apartamento. -E esses copos no chão? Até que horas durou aquela reunião com seus amigos? -escutei Liam bufar e virar para o outro lado do sofá. -Não bufa pra mim! -cruzei os braços.
 -Cala a boca. -disse devagar,
 -Liam, olha pra mim! -ele se sentou, olhou pra mim e ainda com os olhos fixados, levantou-se puxando meu braço.



 -Cala a boca, (Seunome). Já chega! A bagunça é minha, a casa é minha e a vida é minha! -sacudiu meu corpo com facilidade, engoli o choro.
 -Mas agora eu faço parte dessa casa, eu faço parte da sua vida! Você me escolheu! -Me dabati contra seu corpo para sair das mãos que apertavam meu braço gradativamente.
 -Quem te escolheu garota? Você veio porque quis, achou o que? Que essa seria a história de uma adolescente que foge com um "badboy" e vivem uma vida boa? Eu não te obriguei a vir e não quero te obrigar a ir embora. -meus olhos já estavam marejados, o olho de Liam parecia saltar a raiva que ele estava sentindo, eu não estava entendendo o porque de tanto ódio.

   Resolvi ir pro quarto, deixar a bagunça pra lá e arrumar a desorganização da minha mente. Tentei lutar contra a preguiça, porém acabei pegando num sono e acordei com o barulho de pratos quebrando.
  -Olá? -era fácil saber que havia alguém na cozinha.
 -Liam! -arregalei os olhos vendo ele puxar os pratos do armário e joga-los no chão. -LIAM! -gritei e ele parecia descontrolado, olhei para o relógio, era duas da manhã. -Liam, para! -supliquei e assim que ele derrubou um dos últimos pratos, tentei medir forças e segurei seu braço, foquei em seu olho.   -Vem comigo, Liam. -vi  um de seus pés sangrando.
-Vai embora! -tentou me empurrar mas me segurei.
 -Vamos para o banheiro. -tentei puxa-lo.
 -Eu disse pra ir embora! -gritou, me jogou para o chão com força. -Vai embora, some daqui. -apertou meu braço com força. -Tudo o que aconteceu hoje foi sua culpa! -encolhi meu corpo e espremi os olhos assim que senti a ardência na bochecha. Não conseguia falar nada, fui me arrastando para o quarto, a dor era grande mas o pior era a decepção que eu estava sentindo.